Com o objetivo de fortalecer a atuação de profissionais de saúde na resposta à infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB), a Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias não Tuberculosas (CGTM), do Ministério da Saúde, promoveu na manhã desta quinta-feira (17), o webinar “Papel do Enfermeiro e do Farmacêutico no Diagnóstico e Tratamento Preventivo da Tuberculose”. O evento, realizado de forma virtual, reuniu profissionais da saúde de todas as unidades federadas envolvidos no manejo clínico da tuberculose e da ILTB.
A qualificação integra as estratégias do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi/MS) para eliminar a tuberculose como problema de saúde pública até 2030. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2024, cerca de 10,8 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a doença no mundo. No Brasil, no mesmo ano, foram registrados 84.308 novos casos, representando uma taxa de incidência de 39,7 casos por 100 mil habitantes.
Durante o encontro, foi ressaltada a importância da prevenção por meio do tratamento preventivo da tuberculose (TPT) nas pessoas com ILTB — aquelas infectadas pelo bacilo, mas que não apresentam sinais ou sintomas da doença. Esse grupo pode permanecer saudável por muitos anos, no entanto, fatores como infecção pelo HIV, diabetes, desnutrição, uso de imunossupressores, idade inferior a dois ou superior a 60 anos, e situação de rua aumentam o risco de evolução para a forma ativa da tuberculose.
O evento contou com palestras de Gabriela Magnabosco, enfermeira e professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que abordou o trabalho essencial da Enfermagem na prevenção à tuberculose, e Mariana Gonzaga, farmacêutica e professora da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que ressaltou a importância de profissionais da Farmácia no cuidado das pessoas com ILTB.
A iniciativa foi organizada pelas técnicas Liliana Vega e Nicole de Souza, da CGTM/Dathi/MS, com o intuito de ampliar o conhecimento dos(as) profissionais da linha de frente sobre o papel estratégico que enfermeiros(as) e farmacêuticos(as) desempenham no diagnóstico e no tratamento preventivo da tuberculose.
Para a coordenadora-geral da CGTM, Fernanda Dockhorn, a qualificação permanente desses(as) profissionais é essencial para o fortalecimento das ações previstas no Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. “Ao incluir diferentes categorias profissionais no cuidado e na vigilância da doença, o Ministério da Saúde busca avançar na meta de eliminação da tuberculose, protegendo, assim, populações vulneráveis e reduzindo o impacto da doença no país”, afirma.
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