Como o Employer Branding ajuda a reter talentos mesmo em momentos de instabilidade

Momentos de reestruturação ou incerteza costumam gerar insegurança entre os funcionários. Nessas situações, abandonar as ações de Employer Branding pode trazer consequências negativas para a reputação interna da empresa.

Além disso, a retirada dessas iniciativas pode acelerar a saída de talentos estratégicos — justamente quando eles são mais necessários.

Segundo Angélica Madalosso, CEO da ILoveMyJob e especialista em Employer Branding, esse tipo de erro impacta diretamente a percepção de confiança e cuidado com as equipes.

“Quando as iniciativas desaparecem, o sentimento é de abandono. Isso mina o engajamento e compromete a recuperação da empresa”, afirma.

Dados da Society for Human Resource Management (SHRM) reforçam esse impacto. Substituir um funcionário pode custar até 60% do seu salário anual.

Por isso, manter a marca empregadora ativa deve ser encarado como investimento, e não como um custo a ser cortado em tempos difíceis.

Empresas como Microsoft e Starbucks enfrentaram momentos desafiadores no passado. No entanto, em vez de recuar, reforçaram a comunicação interna e a cultura organizacional.

A experiência dessas marcas mostra que consistência na gestão de pessoas contribui diretamente para a retomada dos resultados.

Cinco ações para preservar o Employer Branding

Mesmo com orçamento reduzido, é possível adotar medidas práticas para manter a reputação da empresa e evitar a perda de talentos. A seguir, veja as principais dicas da especialista:

1. Reforce a cultura interna
Durante momentos de instabilidade, o foco deve estar nos pontos de contato com os funcionários.

Fortalecer os pilares da cultura organizacional e criar espaços de escuta ativa é fundamental para manter o senso de pertencimento.

2. Alinhe o discurso do recrutamento à nova realidade
As equipes de atração de talentos precisam comunicar com clareza o momento atual da empresa.

Com isso, é possível evitar desalinhamentos e garantir uma melhor experiência para os candidatos.

3. Atualize a página de carreiras e os canais de emprego
Manter informações desatualizadas pode prejudicar a imagem da empresa.

É importante revisar textos, vídeos e descrições para garantir coerência com a realidade atual.

4. Reduza o volume de conteúdo, mas mantenha a comunicação ativa
Mesmo com menos publicações, é essencial continuar mostrando o dia a dia da empresa.

A transparência evita rumores, reforça a confiança e fortalece a marca empregadora.

5. Direcione os investimentos para vagas estratégicas
Quando os recursos são limitados, o ideal é concentrar os investimentos em posições-chave.

Campanhas com foco em vagas estratégicas podem gerar maior retorno do que ações amplas em momentos de incerteza.

Para Madalosso, o posicionamento da marca empregadora é um diferencial competitivo.

“As empresas que atravessam a crise cuidando das pessoas tendem a sair fortalecidas do outro lado”, conclui.

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