Primeiro foi uma artesã chamada Patrícia Pedreira. Ela deu entrevista para a TV Aratu e falou sobre a notificação extrajudicial que recebeu por uso indevido da marca do Vitória na decoração de uma festinha de aniversário. Um dia depois, um outro caso surge e envolve o uso da marca do Bahia em caixinhas de doces. Nos dois casos, a notificação veio acompanhada de uma cobrança. R$ 1.600,00 no caso de Patrícia. R$ 5.000,00 no caso da mulher que produziu as caixinhas tricolores – e preferiu não se identificar.
As duas situações geraram muita discussão nas redes sociais. A maioria das pessoas considera um exagero o rigor excessivo e os valores altos cobrados para pequenos empreendedores. Mas também há os que defendam o controle inflexível para evitar pirataria e uso descontrolado das marcas.
Em entrevista exclusiva para o programa Alô Juca, da TV Aratu, o presidente do Vitória, Fábio Mota, falou ao vivo sobre a situação da artesã Patrícia Pedreira.
“Não tem nada contra a torcida, não tem nada contra festa de aniversário, isso é uma polêmica que criaram para ganhar Ibope”, afirmou Mota, que completou: “Existe um site que faz sensacionalismo irresponsável, que publica as coisas como bem quer”.
Fábio explicou que o Vitória e outros clubes contratam empresas para cuidar da proteção da imagem da instituição e tratar do licenciamento de produtos, para impedir que vendam itens com a marca do clube, de maneira ilegal.
“Existe hoje uma pirataria total com os produtos do Vitória. E o clube não arrecada nada com a marca dele. […] O Vitória está aberto para qualquer empresa do Brasil e do mundo que queira vender os produtos do Vitória”, informou o presidente.
Com relação ao caso da artesã Mota afirmou que Patrícia precisará ir até a sede do clube, para resolver a questão do licenciamento e assim seguir usando elementos do Vitória.
“A empresa não notifica pessoas físicas, nenhuma das pessoas notificadas são PF, só pessoas jurídicas, que têm CNPJ, empresas. O intuito não é um processo, é uma notificação extrajudicial para que a pessoa compareça ao setor de licenciamento do clube, e que faça o licenciamento”, finalizou.
Ainda nesta sexta-feira (16), o clube emitiu uma nota oficial sobre o caso, onde afirmou que haverá “um novo direcionamento” para situações semelhantes.
Até o fechamento desta reportagem, o Bahia não se pronunciou sobre a situação.
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