EUA confirmam tarifa de 15% a automóveis europeus – CartaCapital

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira 2 que enviará tropas da Guarda Nacional a Chicago — cidade governada pelos democratas —, que ele qualifica como um “inferno” assolado pela criminalidade armada.

“Vamos entrar”, declarou à imprensa o presidente republicano, que insinuou que também enviaria soldados a Baltimore, outra cidade governada pelos democratas.

Trump negou as acusações de que esteja atacando exclusivamente cidades governadas por seus adversários políticos em sua campanha contra a criminalidade e sua ofensiva contra imigrantes irregulares.

“Tenho uma obrigação”, disse, citando as estatísticas de criminalidade de Chicago, a terceira maior cidade dos Estados Unidos. “Isso não é uma questão política. Tenho uma obrigação quando 20 pessoas foram assassinadas nas últimas duas semanas e meia e 75 foram baleadas.”

Trump, que em agosto já havia enviado tropas da Guarda Nacional aWashington, governada pelos democratas, se recusou a informar exatamente quando mandará soldados a Chicago, onde o governador e o prefeito se opõem firmemente ao plano.

“Chicago é um inferno neste momento. Baltimore é um inferno neste momento”, declarou Trump.

Em uma publicação anterior em sua rede Truth Social, o presidente prometeu: “Vou resolver o problema da criminalidade [em Chicago] rápido, como fiz em D.C.”.

“Chicago é a pior e mais perigosa cidade do mundo, de longe”, afirmou. Acrescentou que o governador democrata de Illinois, JB Pritzker, “precisa desesperadamente de ajuda, só que ainda não sabe”.

Em seguida, continuou com uma provocadora publicação em letras maiúsculas: “CHICAGO É A CAPITAL MUNDIAL DO ASSASSINATO!”.

Pritzker, opositor do presidente republicano, a quem já havia chamado de “ditador”, tem confrontado duramente Trump nos últimos dias, acusando-o de preparar uma “invasão” militar em Chicago.

“Nada disso tem a ver com combater a criminalidade ou tornar Chicago mais segura”, disse Pritzker à imprensa nesta terça-feira. “Para Trump, trata-se de testar seu poder e criar um drama político para encobrir sua corrupção.”

Presidente como chefe de polícia?

A partir de junho, milhares de efetivos da Guarda Nacional e fuzileiros navais dos Estados Unidos foram destacados em Los Angeles para apoiar a polícia na repressão aos protestos e aos distúrbios provocados pelas operações migratórias de Trump.

Em agosto, Trump ordenou o destacamento da Guarda Nacional em Washington e, nesta terça-feira, reiterou que a medida melhorou a segurança da capital.

“Agora é uma zona segura”, disse. “Não temos delinquência.”

Estas medidas sem precedentes estão sendo impugnadas em um tribunal federal.

Nesta terça-feira, um juiz federal declarou que Trump infringiu a lei ao mobilizar tropas em Los Angeles, e proibiu o Pentágono de ordenar que reservistas da Guarda Nacional e da Marinha realizem operações policiais, incluindo prisões, patrulhas de segurança ou buscas e apreensões.

O juiz Charles Breyer, do Tribunal do Distrito de San Francisco, advertiu em sua decisão que o mandatário americano parece determinado a “criar uma força policial nacional com o presidente como chefe”.

No entanto, a ordem judicial de Breyer não entraria em vigor até 12 de setembro, o que poderia deixar uma porta aberta para que a Suprema Corte de Justiça, de maioria conservadora, se pronuncie sobre o caso.

Enquanto os moradores de Chicago se preparavam para uma possível intervenção de Trump, seu prefeito democrata defendeu a cidade.

“Nenhuma força federal em Chicago! Nenhuma força militarizada em Chicago!”, afirmou o prefeito Brandon Johnson na segunda-feira, em um comício na ocasião do Dia do Trabalho.

Os manifestantes também marcharam por regiões de Chicago na segunda-feira sob o lema “Os trabalhadores antes dos bilionários”, protestando, também, contra o envio de tropas à cidade.

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