
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que deve se encontrar com o presidente Lula (PT) na Ásia. O encontro pode acontecer no domingo 26, na Malásia, onde os dois participam de encontros com líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
No avião presidencial a caminho de Kuala Lumpur, capital da Malásia, Trump disse que a agenda deve acontecer. “Acredito que vamos nos encontrar, sim”, respondeu. Questionado se espera reduzir as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, acrescentou: “Sim. Sob as circunstâncias certas, com certeza”.
O presidente Lula também acenou positivamente ao encontro, na saída de um evento no país. “Eu espero que role [o encontro]. Eu vim aqui com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução”, declarou. O presidente evitou falar em condições prévias para um acordo. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha. Vamos colocar na mesa os problemas e vamos encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, completou.
Na quinta-feira 23, ao fazer um discurso na Indonésia após uma reunião bilateral com o presidente do país, Prabowo Subianto, Lula reafirmou a posição brasileira contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos de diferentes partes do mundo, tema que deve ser prioritário no encontro. Um segundo tema que deve ser pautado por Lula é o fim das sanções a autoridades brasileiras, em especial os ministros do Supremo Tribunal Federal, alvo de punições como a Lei Magnitsky. O presidente ainda disse que não há vetos a assuntos, e que podem entrar na reunião temas como Gaza, Ucrânia, Venezuela, materiais críticos e terras-raras.
Esse será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. E também desde que o republicano assumiu a presidência do país norte-americaredacaono. A reunião ainda não foi confirmada oficialmente pelo governo do Brasil nem dos EUA.
