O Dia do Empreendedor, celebrado em 5 de outubro, destaca também o avanço das mulheres no mundo dos negócios. Em diferentes setores, elas conquistam espaço, enfrentam desafios históricos e mostram como a presença feminina fortalece o ecossistema empreendedor.
Ingrid Lucena e a segurança privada
Ingrid Lucena é diretora de Marketing da Corpvs Segurança, empresa presente em todo o país e referência em inovação tecnológica. Desde 2018, atua na gestão ao lado da família, marcando presença em um setor ainda dominado por homens.
Ela lembra que o Brasil levaria mais de 160 anos para atingir paridade de gênero na liderança corporativa, segundo o Panorama Mulheres 2025. “Inserir mais mulheres em setores como segurança é uma alavanca de crescimento. A diversidade traz clareza estratégica e resultados concretos”, afirma.
Luciana Lancerotti e o design de impacto
Luciana Lancerotti construiu uma carreira de mais de três décadas em grandes empresas, incluindo cinco anos como CMO da Microsoft. Em 2020, decidiu empreender. Criou a metodologia de “gestão e design de impacto”, que integra práticas de sustentabilidade e inovação a qualquer tipo de organização.
A transição exigiu planejamento financeiro e emocional, mas abriu espaço para multiplicar resultados em várias empresas. Luciana defende que ESG e diversidade devem estar incorporados à estratégia, e não tratados de forma isolada.
Maria Eduarda Guerra e o amor pela fotografia
Formada em Fisioterapia, Maria Eduarda Guerra atuou na linha de frente da pandemia antes de migrar para o setor de tecnologia. Hoje, é CFO da Banlek, a maior plataforma de fotógrafos da América Latina.
A mudança trouxe novos desafios. “Quero sempre provar que estou aqui por mérito. A maternidade também me trouxe mais resiliência e responsabilidade nas decisões”, afirma.
Giuliana Tranquilini e a força da marca pessoal
Depois de anos em empresas como Natura e Havaianas, Giuliana Tranquilini decidiu empreender. Fundou a BetaFly, consultoria especializada em marca pessoal. Seu trabalho ajuda executivos e empreendedores a ganhar clareza de posicionamento e autenticidade no mercado.
Para ela, empreender foi uma forma de alinhar propósito, flexibilidade e impacto. Hoje, sua atuação conecta comunicação estratégica com as demandas atuais das redes sociais.
Adriana Melo e a visão financeira
CFO da SAS Brasil, Adriana Melo soma mais de 20 anos de experiência em empresas como Fiat, Votorantim e Ferrero. Além da carreira corporativa, atua em mentoria financeira e na fazenda da família em Minas Gerais.
“Finanças não aprisionam. Elas são ponto de partida para realizar sonhos e garantir consistência de futuro”, afirma. Para Adriana, empreender é planejar, calcular riscos e aprender a vender ideias.
Brunna Dolgosky e o ateliê de autocuidado
Psicóloga e hipnoterapeuta, Brunna Dolgosky criou o Pintando o 7 Ateliê em São Paulo. O espaço une arte e bem-estar por meio da pintura em cerâmica, inspirada em pesquisas que comprovam os efeitos positivos dos hobbies na saúde mental.
“Já vi lágrimas virarem sorrisos e famílias se reconectarem longe das telas e da pressa”, conta. O negócio mostra como o empreendedorismo feminino também pode nascer do encontro entre ciência, arte e cuidado humano.
Maria e Bia, a força da comunicação
Outro exemplo vem da Comunica PR, agência fundada por Beatriz Destefani e Maria Carolina, duas jornalistas que decidiram empreender ainda aos 23 anos. O que começou com trabalhos pontuais e muitas anotações em agendas se transformou, quase seis anos depois, em uma agência estruturada, reconhecida pela atuação estratégica e personalizada. A empresa atua em assessoria de imprensa, relações públicas, redes sociais e gestão de reputação. Juntas, as sócias lideram projetos que fortalecem marcas e líderes, construindo narrativas consistentes e posicionando clientes no ambiente digital e offline. A trajetória da Comunica PR evidencia como o empreendedorismo feminino tem se consolidado também no setor de comunicação, unindo estratégia, criatividade e relacionamento humano.