Um laudo pericial da Polícia Técnico Científica de São Paulo confirmou que o tiro que matou o garoto Ryan Silva Andrade Santos, de 4 anos, partiu da arma de um policial.
A criança morreu, em novembro do ano passado, após ser baleada em um confronto policial no Morro São Bento, em Santos, no litoral de São Paulo.
De acordo com o documento, o tiro que atingiu o menino saiu de uma arma utilizada pelo cabo Clovis Damasceno de Carvalho Junior. Naquela operação, ele era único agente da PM com o mesmo modelo de armamento identificado na perícia.
A bala, segundo os peritos, não atingiu Ryan diretamente, tendo primeiro acertado uma superfície dura não especificada no laudo, para depois chegar à criança.
O garoto brincava com outras crianças na calçada em frente à casa de uma prima quando foi atingido no abdômen.
O laudo foi anexado ao Inquérito da Polícia Militar (IPM) que investiga o crime.
À época, sete policiais envolvidos na ação foram afastados das ruas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, porém, todos voltaram ao trabalho, sem restrições, após passarem pelos procedimentos internos exigidos pela PM em casos que envolvem a morte de civis inocentes.