Indiciado pela PF no inquérito do golpe, Valdemar escapa de denúncia da PGR – Política – CartaCapital

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quarta-feira 3 que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) só vai migrar para sua legenda se receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro na sua candidatura pelo Palácio do Planalto.

Questionado sobre a possibilidade da família Bolsonaro deixar o PL caso o governador se filie para disputar a Presidência, Valdemar disse que o poder está na mão do ex-capitão. “O Tarcísio só vem para o PL se o Bolsonaro o apoiar para Presidente. Se o Bolsonaro apoiar o Eduardo para Presidente, nós vamos apoiar o Eduardo”, afirmou em entrevista à GloboNews.

O líder do partido de Bolsonaro afirmou ainda que Tarcísio tem trabalhado pela aprovação o texto da anistia. Segundo Valdemar, um eventual projeto de anistia poderá contemplar Bolsonaro, em caso de confirmação de condenação no Supremo Tribunal Federal.

“Vamos tentar [incluir Bolsonaro na anistia] depois. Não podemos fazer uma anistia para ele, se Bolsonaro ainda não foi condenado”, completou.

As falas de Valdemar são em meio ao julgamento do núcleo crucial da trama golpista. Nesta quarta-feira, as defesas apresentaram suas sustentações orais com críticas à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e a alegações de cerceamento de direitos no processo.

O julgamento foi suspenso e retorna da próxima semana, com uma sessão na manhã de terça-feira 9. É nesse dia que está previsto o início da apresentação dos votos dos ministros. Na quarta-feira 10, mais duas sessões para os votos. E, por fim, a previsão de encerramento do julgamento, com as sentenças, na sexta-feira 12.

Além de Bolsonaro, são estes os réus do núcleo 1 da trama:

  • Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência – Abin; atualmente deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro;
  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente e assinou acordo de delação premiada;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

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