O segundo dia da 30º Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) terminou com um protesto na Zona Azul, área oficial que concentra os espaços de negociação do evento, pela taxação das grandes fortunas, na noite desta terça-feira (11). A manifestação começou por volta das 19h30, logo após a coletiva de imprensa que falou sobre o balanço das atividades do segundo dia. A Polícia Militar, a Força Nacional e o Corpo de Bombeiros formaram uma barreira para impedir a entrada e saída da área, que exige acesso por credencial e a passagem pelo controle de raio-x, semelhante aos equipamentos de aeroportos.
Uma pessoa da equipe de segurança ficou ferida e, segundo apuração da reportagem do Brasil de Fato, uma porta foi derrubada e um aparelho de raio-x foi quebrado. Em um dos vídeos que circulou nas redes, uma pessoa acusava indígenas de estarem encabeçando o protesto, o que não é verdade. Os mais de 60 manifestantes integram movimentos populares e grupos político-partidários, e uma minoria — cerca de 10 — indígenas.
Durante o tumulto, pessoas carregando faixas de protesto contra a exploração de petróleo chegaram ao espaço e também foram contidas pelos seguranças.
Segundo o G1, o secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, afirmou que a organização da conferência estava tomando todas as providências sobre eventuais protestos. “A ONU tem todos os seus protocolos de segurança. Nós fazemos os pactos pacíficos de convivência com os movimentos e eles (segurança da ONU) estão aqui para garantir a segurança”, afirmou.
Por volta das 21h desta terça-feira, a Secretaria de Segurança do Estado do Pará (Segup) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) realizaram uma reunião extraordinária para tratar do episódio.
