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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, culpou a taxa básica de juros (Selic) pelo aumento da dívida pública no Brasil. Hoje, a Selic está em 15% ao ano. Na postagem desta segunda-feira (22), Gleisi não citou o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula (PT).

“A maior responsável pelo aumento da dívida pública continua sendo a taxa básica de juros de 15% ao ano, e não a despesa do governo, diferentemente do que a gente lê na mídia mais uma vez neste final de ano”, argumentou Gleisi. De acordo com a ministra, a mídia não informa que “os juros estão 10% mais altos do que a inflação”.

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Entenda a Selic e a dívida pública

A taxa Selic influencia todas as outras taxas de juros da economia, incluindo empréstimos, financiamentos e investimentos. Quando está baixa, o crédito é mais barato ao trabalhador, mas a remuneração a investidores de títulos de renda fixa baseados neste indicador é menor. O balanço entre retorno de investimentos e custo do crédito influencia diretamente na inflação.

A menor taxa Selic da história ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando atingiu 2% em 2021. O indicador já atingiu 115.334%, em 1989, durante a hiperinflação. Depois do Plano Real, a Selic já atingiu 45%, isso em 1999. Lula iniciou seu terceiro mandato com a taxa a 13,75% ao ano.

Já a dívida pública líquida está a 64,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Jair Bolsonaro entregou o governo a Lula com o indicador em 55,2%, herdando de Michel Temer (MDB) um valor de 53,11% do PIB. Hoje, o montante real é de R$ 8,2 trilhões, segundo o Tesouro Nacional.

A fala de Gleisi ocorre em meio a críticas quanto à gestão orçamentária do governo petista. Prestes a entrar em ano eleitoral, Lula tem ampliado benefícios sociais que impactam no orçamento. A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês pode tirar dos cofres públicos cerca de R$ 26 bilhões por ano, segundo o próprio governo.



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