Como proteger sua empresa diante do aumento de ataques cibernéticos

O Brasil concentrou 315 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2025, segundo pesquisa da Fortinet. O número equivale a mais de 80% das ocorrências registradas em toda a América Latina. Além da pressão externa, especialistas alertam que falhas internas de integração também funcionam como portas de entrada para criminosos.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 42% das empresas da região admitem preocupação com crimes digitais, mas enfrentam barreiras para reagir. A escassez de 4,8 milhões de profissionais de cibersegurança no mundo amplia o risco.

O papel das APIs

Para Willy Sousa, diretor de Produtos da Engineering Brasil, “a integração de sistemas por meio de APIs é um pilar da segurança digital”. Ele explica que falhas na comunicação entre plataformas criam brechas que podem ser exploradas por ataques sofisticados.

Segundo o especialista, adotar uma abordagem API-first ajuda as companhias a reduzir pontos frágeis, automatizar processos e monitorar acessos com maior precisão.

Seis sinais de vulnerabilidade

A seguir, os principais indícios de que a sua empresa pode estar exposta a hackers, segundo Sousa:

  1. Relatórios inconsistentes ou duplicados
    Inconsistências de dados indicam falta de integração entre sistemas e podem esconder atividades suspeitas. “Sem uma fonte única de verdade, o risco de ataques aumenta”, afirma Sousa.

  2. Decisões baseadas em informações desatualizadas
    Dados não sincronizados levam a erros operacionais e estratégicos. “A precisão das informações é barreira contra manipulações, e sistemas desconectados eliminam essa agilidade”, comenta.

  3. Falhas no atendimento ao cliente
    Históricos incompletos e informações divergentes entre canais expõem vulnerabilidades. “Um atendimento fragmentado abre espaço para golpistas se passarem por representantes da empresa”, alerta.

  4. Dificuldade em identificar usuários e acessos
    Sem rastreabilidade, a companhia não consegue monitorar quem acessou os dados e em quais condições. “Um controle de identidade frágil é praticamente um convite a acessos indevidos”, destaca Sousa.

  5. Processos manuais em excesso
    A dependência de transferências manuais aumenta a chance de erros e expõe dados a riscos. “A automação via API reduz falhas humanas e minimiza pontos de interceptação”, explica.

  6. Ausência de visão unificada dos dados
    A fragmentação de informações impede o acompanhamento completo de riscos. “Uma visão integrada, viabilizada por APIs, é essencial para detectar padrões de ataque em tempo real”, conclui Sousa.

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