A Rússia anunciou neste sábado 26 que assumiu o controle de dois povoados na Ucrânia, um na região de Dnipropetrovsk, um novo avanço russo nesta zona industrial mineira no centro do país.
Os bombardeios noturnos realizados por ambas as partes mataram seis pessoas, quatro no centro da Ucrânia e duas no oeste da Rússia, segundo fontes oficiais desses países.
O Exército russo afirmou que suas forças “libertaram o assentamento de Malievka” em Dnipropetrovsk.
No início de julho, a Rússia anunciou a captura de Dachne, nesta região, a primeira reivindicação de que suas tropas avançaram nesta região central da Ucrânia desde o início da ofensiva em 2022.
O Exército russo também informou que assumiu Zeleni Gai, em Donetsk, uma região oriental limítrofe com Dnipropetrovsk. Segundo as forças de Moscou, esta posição era um importante reduto ucraniano.
Um avanço russo em Dnipropetrovsk teria um valor estratégico importante com vistas às conversas com a Ucrânia para um cessar do conflito.
Mais ao norte, em Kharkiv, um ataque russo destruiu uma grande sala de caldeiras que será impossível reparar antes do inverno, enquanto em Sumy outro bombardeio atingiu um edifício da administração regional, informaram as autoridades locais.
As forças russas continuam reivindicando avanços, apesar do chamado dos Estados Unidos para o cessar dos combates.
Para a Ucrânia, um avanço dos russos pode prejudicar a economia e o fornecimento de energia, já que Dnipropetrovsk, assim como Donetsk, parcialmente ocupada desde 2014, possuem importantes depósitos de carvão que alimentam a rede elétrica.
As autoridades ordenaram aos civis com crianças que fujam da linha de frente.
Dnipropetrovsk não é uma das cinco regiões ucranianas (Donetsk, Kherson, Luhansk, Zaporizhzhya e Crimeia) que Moscou reivindica como parte de seu território.