Rússia acusa Ucrânia de violar acordo e atacar instalações energéticas – Mundo – CartaCapital

A Rússia acusou a Ucrânia, nesta segunda-feira 31, de atacar e danificar infraestruturas energéticas, violando o frágil acordo anunciado na semana passada pelos Estados Unidos que proíbe ataques a estas instalações.

O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin continua disposto a conversar com seu homólogo americano, Donald Trump, apesar das críticas que este formulou contra o mandatário russo.

“O presidente continua aberto a qualquer contato com o presidente Trump”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.

“No momento não está prevista nenhuma nova ligação entre os presidentes, mas uma poderia ser organizada rapidamente se isto for considerado necessário”, acrescentou Peskov.

“Continuamos trabalhando. Em primeiro lugar, no desenvolvimento das relações bilaterais e também na aplicação de algumas ideias, vinculadas à resolução do (conflito) ucraniano”, disse.

“O trabalho continua. Ainda não há nada concreto. Este processo leva muito tempo, provavelmente devido à complexidade”, acrescentou.

Trump disse que está “muito irritado” com seu homólogo russo depois que este levantou a ideia de uma “administração de transição” na Ucrânia, sem o presidente Volodymyr Zelensky.

“A continuidade dos ataques deliberados das forças ucranianas contra instalações energéticas russas demonstra a total falta de comprometimento do regime de Kiev com suas obrigações relacionadas à resolução do conflito”, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia.

Após vários dias de negociações separadas com ucranianos e russos, os Estados Unidos divulgaram dois anúncios na semana passada mencionando a suspensão dos ataques a usinas de energia dos dois lados. Porém, não mencionaram nenhuma data ou condição.

Desde então, Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente de violar o acordo.

A Rússia acusou as forças ucranianas de danificar duas infraestruturas no domingo, provocando a “desconexão” de duas linhas de alta tensão na região da fronteira de Bryansk e cortes de energia.

Antes do anúncio dos Estados Unidos, em 18 de março, após uma conversa telefônica com Trump, Putin anunciou uma suspensão imediata de 30 dias nos ataques a instalações de energia ucranianas.

Nessa conversa, Putin rejeitou a proposta dos EUA de um cessar-fogo incondicional de um mês, trégua que a Ucrânia aceitou sob pressão de Trump.

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