EUA se recusam a conceder vistos a autoridades palestinas antes da Assembleia da ONU – CartaCapital

Os Estados Unidos não aprovaram os bombardeios de Israel contra o Hamas no Catar, mas o ataque não mudará o status de aliado de Washington, afirmou o secretário de Estado, Marco Rubio, neste sábado 13, antes de viajar para esta região.

Os ataques aéreos de terça-feira — os primeiros de Israel contra o Catar, aliado dos Estados Unidos — chocaram a região e colocaram enorme pressão sobre os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua em Gaza.

“O que passou, passou. Obviamente, nós não gostamos disso, o presidente [americano, Donald Trump] também não gostou”, declarou Rubio aos jornalistas pouco antes de decolar de Washington para encontrar autoridades em Israel.

“Isso não vai mudar a natureza de nossa relação com os israelenses, mas vamos ter que conversar sobre isso, principalmente qual será o impacto disso” nos esforços de trégua, acrescentou Rubio.

“Precisamos avançar e determinar o que vem a seguir, porque, afinal, ainda existe um grupo chamado Hamas, um grupo maligno.”

Israel atacou os líderes do Hamas reunidos no Catar para discutir uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pela administração Trump.

O presidente dos Estados Unidos classificou o ataque israelense como lamentável, repreendeu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e afirmou que os Estados Unidos souberam do bombardeio tarde demais para impedi-lo.

Ao se referir à visita de Rubio, o Departamento de Estado limitou-se a indicar esta semana que o diplomata americano discutiria “metas e objetivos operacionais” com Israel e demonstraria “o compromisso dos Estados Unidos com a segurança israelense”.

A viagem do secretário de Estado a Israel está prevista para apenas uma semana antes de a França liderar uma cúpula das Nações Unidas em 22 de setembro, na qual vários países ocidentais planejam reconhecer um Estado palestino centrado na Cisjordânia.

A França, exasperada com a ofensiva israelense em Gaza, rejeitou as críticas dos Estados Unidos e de Israel e afirma que deve haver um novo caminho para os palestinos

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