Por que a cultura organizacional define o sucesso (ou fracasso) da uma empresa – CartaCapital

Metas mais agressivas, margens apertadas e equipes híbridas têm levado as empresas a buscar novas formas de melhorar a produtividade sem recorrer à microgestão. Estudos da McKinsey e da Harvard Business Review indicam que reuniões rápidas e estruturadas podem aumentar em até 20% a previsibilidade das vendas.

Já uma pesquisa da Gallup mostra que encontros objetivos reduzem em 30% o tempo improdutivo de equipes comerciais.

No Brasil, cresce o número de empresas que substituem longas reuniões semanais por encontros curtos e estratégicos, voltados à execução e ao acompanhamento de indicadores-chave.

A rotina de segunda-feira

Entre as práticas mais adotadas está o “ritual de segunda-feira”, uma reunião de 30 minutos que define prioridades e mantém a equipe alinhada. O formato inclui a leitura do funil de vendas por etapa, a definição das três metas da semana, a identificação de gargalos e pedidos de ajuda, além do compromisso individual de cada vendedor.

Ao final da semana, uma revisão rápida avalia o andamento das metas e os ajustes necessários. O método ajuda a antecipar riscos, evita decisões reativas e cria um ambiente de trabalho mais disciplinado e colaborativo.

Disciplina e fator de previsibilidade

Para Marcelo Caetano, sócio da VendaMais e especialista em estratégia comercial, liderança e disciplina de execução, a constância desses rituais é o que diferencia equipes previsíveis daquelas que operam no improviso.

“O ritual de segunda-feira é um ponto de virada para a gestão comercial. Ele transforma a semana em um plano de ação claro, sem burocracia e com foco em execução. Quando o time entende que a consistência gera resultado, a previsibilidade aumenta naturalmente”, explica.

Responsabilidade e aprendizado contínuo

Além do impacto direto nas vendas, o modelo contribui para fortalecer a cultura de responsabilidade compartilhada. Segundo Caetano, o gestor deixa de atuar como fiscal de resultados e passa a exercer o papel de facilitador.

“Cada reunião se torna um espaço de aprendizado e melhoria. O foco deixa de ser a cobrança e passa a ser o desenvolvimento. Essa mudança de postura é o que sustenta resultados duradouros”, afirma o especialista.

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