IVA de 28% e seus efeitos no Brasil – Do Micro Ao Macro – CartaCapital

A partir de janeiro de 2026, entra em vigor o período de transição da Reforma Tributária, que unificará tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Levantamento da Systax mostra que mais de 60% das empresas acreditam que serão diretamente impactadas pelas novas regras.

Para Thaís Borges, diretora comercial da Systax, o prazo é curto e exige alta organização. Ela alerta que a adaptação vai requerer sistemas capazes de integrar regras antigas e novas, além de mudanças estruturais no ERP e revisão de processos internos. A executiva ressalta que a falta de preparo pode comprometer competitividade e margens de lucro.

Efeitos além da tributação

As alterações não se limitam à carga tributária ou à precificação. Ajustes contratuais, cálculos fiscais, rotinas operacionais e logística também serão afetados. Thaís destaca pontos críticos como a nova forma de tributação no destino, a eliminação da diferenciação entre produtos e serviços e o impacto no orçamento dos próximos anos.

Ações recomendadas para adaptação

A especialista lista cinco medidas que as empresas podem adotar de imediato:

  1. Avaliar impactos na cadeia de valor – Mapear desde a formação de preços até contratos em vigor para identificar pontos críticos e implementar soluções no prazo adequado.

  2. Planejar a mudança de sistemas – Adequar ERPs e ferramentas de gestão para cálculos e obrigações fiscais conforme as novas regras.

  3. Reestruturar processos internos – Integrar áreas como fiscal, jurídico e TI, padronizando fluxos de trabalho.

  4. Preparar a equipe – Treinar funcionários para lidar com novas regras e tecnologias, criando uma cultura de atualização contínua.

  5. Antecipar ajustes contratuais e logísticos – Renegociar cláusulas e rever operações para evitar impactos na performance.

Thaís reforça que a Reforma Tributária representa também uma oportunidade para modernizar processos, otimizar custos e fortalecer estratégias empresariais. Quanto antes a preparação começar, maiores serão as chances de transformar a mudança fiscal em vantagem competitiva.

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