Rebeldes huthis detiveram 11 funcionários da ONU neste domingo 31, após invadirem instalações da organização no Iêmen, informou o enviado das Nações Unidas para o país, Hans Grundberg.
“Condeno energicamente a nova onda de detenções arbitrárias de funcionários da ONU ocorrida hoje em Sanaa e Hodeida, além da operação forçada nas instalações da organização e o confisco de seus bens. Pelo menos 11 funcionários foram detidos”, indicou Grundberg, que exigiu a sua libertação imediata.
Autoridades huthis não comentaram a operação. Em outras ocasiões, detiveram funcionários estrangeiros de agências de ajuda.
Em comunicado prévio à AFP, o Programa Alimentar Mundial (PAM) informou que escritórios dessa agência da ONU em Sanaa haviam sido “tomados pelas forças de segurança locais, que detiveram um funcionário”, e que havia “informações de mais detenções em outras regiões”.
Os huthis tomaram a capital do Iêmen, Sanaa, em 2014, e controlam atualmente grande parte do país.
Após os bombardeios israelenses desta semana na capital, que mataram líderes huthis apoiados pelo Irã, uma fonte da segurança iemenita informou à AFP que autoridades huthis haviam detido dezenas de pessoas em Sanaa e outras áreas, “por suspeita de colaboração com Israel”.