O presidente nacional do PT em exercício, Humberto Costa (PE), pediu ao Conselho de Ética da Câmara, nesta sexta-feira 14, a cassação do mandato do deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) por declarações ofensivas à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).
A denúncia por quebra de decoro envolve ataques machistas do deputado. Nas redes sociais, Gayer perguntou ao líder da bancada petista na Casa, Lindbergh Farias (RJ), se ele aceita que Lula “ofereça” Gleisi, sua namorada, aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O bolsonarista se manifestou após Lula dizer que escolheu uma “mulher bonita” para chefiar a articulação política com o Congresso Nacional. O deputado do PL comparou o chefe do Executivo a um “cafetão” que oferece a um cliente uma “garota de programa”.
Na representação, o presidente em exercício do PT sustentou que a postagem de Gayer não está amparada pela livre manifestação do pensamento. As condutas, segundo Humberto Costa, “se revestem de abomináveis agressões à honra de representantes dos Poderes do Estado Brasileiro”.
Trata-se, ainda de acordo com o petista, de “uma vigorosa manifestação pejorativa e misógina para tentar desqualificar a identidade, a história política de luta e contribuição inquestionável de uma mulher valorosa e honrada”.
Além da representação do PT, o presidente do Senado também promete processar e pedir a cassação de Gayer. Após a repercussão negativa, o bolsonarista negou ter sido machista com a ministra da SRI e mandou uma mensagem de texto a Alcolumbre com explicações, mas ficou sem resposta.