O PSOL votou em peso nesta quinta-feira 19 contra o projeto apresentado pelo governo Lula (PT) para limitar o aumento real do salário mínimo. A proposta, parte do pacote de corte de gastos, foi aprovada com 264 votos favoráveis e 209 contrários.
Os 10 votos proferidos pelo partido foram por rechaçar o texto. No PT, porém, também houve dissidência, com os votos contrários à matéria de Erika Kokay (DF), Luzianne Lins (CE), Marcon (RS), Natália Bonavides (RN), Rui Falcão (PT) e Tadeu Veneri (PR).
No PV, dois de seus cinco votos foram contra o projeto, enquanto o PCdoB deu dois de seus sete votos pela rejeição. Os dois partidos compõem uma federação com o PT.
O PSB, sigla do vice-presidente Geraldo Alckmin, viu seis de seus 14 votos irem contra o texto. Já o PDT, do ministro da Previdência, Carlos Lupi, teve uma divisão de sete votos contrários à proposta e 10 favoráveis.
O projeto restringe o reajuste real do salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal — ou seja, correção pela inflação e ganho real entre 0,6% e 2,5%. A lei atual propicia um aumento por inflação mais a variação do Produto Interno Bruto. Veja os detalhes neste link.