Após negociações tensas, EUA e Ucrânia assinam acordo para a exploração de terras raras

A Ucrânia recebeu uma nova proposta de paz dos Estados Unidos que exige que Kiev ceda o território controlado pela Rússia e reduza seu exército em mais da metade, disse nesta quarta-feira 19 à AFP uma fonte a par do caso. Donald Trump retornou à Casa Branca em janeiro com a promessa de terminar rapidamente a guerra na Ucrânia.

No entanto, seus esforços não têm dado frutos, e sua postura sobre o conflito oscilou drasticamente nesses meses. O plano explicado por esse funcionário do alto escalão parece alinhar-se com as exigências máximas da Rússia, que Kiev tem rejeitado repetidamente por considerá-las sinônimo de capitulação.

O esboço estipula “o reconhecimento da Crimeia e de outras regiões que os russos tomaram” e “a redução do exército para 400 mil efetivos”, afirmou essa fonte, que pediu para não ser identificada. O documento também indica que a Ucrânia deverá renunciar ao seu armamento de longo alcance, afirmou.

“Um ponto importante é que não entendemos se isso é algo de Trump” ou de “seu entorno”, disse essa fonte. Também não está claro o que a Rússia faria em troca dessas concessões, acrescentou.

A AFP entrou em contato com a Casa Branca para comentários.

O meio de comunicação americano Axios havia publicado anteriormente que Moscou e Washington trabalhavam em um plano secreto para pôr fim à guerra iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa.

O Kremlin não quis comentar essa informação e depois declarou que não havia novidades nos esforços de paz.

Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, em grande parte destruído pelos combates.

Uma de suas principais exigências para a paz é conservar as zonas do leste e do sul da Ucrânia que controla e exigir que Kiev ceda ainda mais.

Em 2022, Moscou reivindicou a anexação de quatro regiões administrativas ucranianas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson), embora não as controle totalmente.

A Rússia também anexou a península da Crimeia em 2014 e a domina completamente.

Após voltar à presidência dos Estados Unidos, Trump tenta aproveitar sua relação com seu par russo, Vladimir Putin, para impulsionar um acordo de paz, mas até agora não houve avanços.

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