Presidente do IVL mudou de endereço, mas não informou aos advogados onde está – CartaCapital

O presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, está foragido desde sábado 27, após o ministro Alexandre de Moraes determinar a prisão preventiva em ambiente domiciliar dos réus dos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista. Após a decisão do ministro, Rocha telefonou para seus advogados e informou que havia mudado de endereço, mas não disse onde estava. Em nota, os advogados disseram que informaram o ocorrido aos agentes da Polícia Federal.

Sentenciado a sete anos e seis meses de prisão em regime semiaberto, Rocha foi condenado pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o presidente do IVL foi o responsável por elaborar relatórios técnicos com dados deturpados, alegando falsamente que as urnas de modelos anteriores a 2020 possuíam “desconformidades irreparáveis” que impediriam sua auditoria. Esse documento serviu de base para o pedido do PL de anulação de votos, com o objetivo de declarar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vencedor das eleições de 2022.

As determinações de Moraes aconteceram após a Polícia Federal identificar a tentativa de fuga do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Para o ministro, há um ‘modus operandi‘ entre os integrantes do grupo. Além de Silvinei e Rocha, o ex-deputado federal Alexandre Ramagem emplacou uma fuga antes que o Supremo encerrasse o processo contra ele.

As prisões preventivas estão sendo cumpridas em ambiente domiciliar até terminarem todas as possibilidades de apresentação de recursos e o processo transitar em julgado. A fuga de Rocha pode converter a sentença em regime semiaberto para fechado, assim que ele for encontrado pela Polícia Federal.

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