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Investigadores do Departamento de Investigação Criminal de São Paulo (Deic) prenderam um suspeito de ter participado do ataque hacker ao sistema de pagamentos do Banco Central, na última terça (1º). O desvio pode chegar a R$ 1 bilhão, embora estimativas oficiais ainda não tenham sido divulgadas.

De acordo com as primeiras informações da TV Globo e da GloboNews, com imagens divulgadas pela própria polícia, a prisão ocorreu na noite de quinta (3) e foi divulgada na manhã desta sexta (4). O homem seria um técnico de tecnologia da informação da C&M Software, empresa que fazia a intermediação dos pagamentos por PIX entre as fintechs e o Banco Central.

O Deic confirmou à Gazeta do Povo a prisão do técnico, e informou que dará mais explicações em uma entrevista coletiva às 11h. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) ainda não respondeu ao pedido de informações — o espaço segue aberto. A Polícia Federal informou que não realizou a prisão, e que a investigação segue em sigilo.

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A apuração aponta que o técnico disse aos policiais que foi aliciado pelo grupo hacker para entregar uma senha de acesso aos sistemas. Esse aliciamento teria ocorrido após uma abordagem feita por um homem quando ele saía de um bar na cidade próximo à sua residência, em meados do mês de março.

Ainda segundo a apuração, o homem sabia que o técnico atuava em um setor da C&M com acesso ao sistema de pagamento. Ele teria recebido R$ 5 mil para fornecer a senha de acesso.

O técnico disse também, aos policiais, que foi abordado uma segunda vez pelo WhatsApp para que criasse um login e senha para acessar a estrutura de pagamentos via PIX da C&M. Posteriormente, ele recebeu mais R$ 10 mil para continuar operando para o grupo criminoso, inclusive tendo o telefone celular constantemente trocado para não deixar rastros — até ser preso na noite desta quinta (3).

Nos últimos dias, a C&M Software reportou às autoridades que o sistema foi acessado com o uso de credenciais — como senhas — que afetou as contas de reserva de, pelo menos, seis instituições financeiras. Os nomes não foram divulgados.

Estas contas reservas são contas que os bancos e instituições financeiras mantêm no Banco Central para processar e cumprir as movimentações financeiras. Em princípio, correntistas não foram afetados.

Por outro lado, o Banco Central afirmou, em nota à reportagem, que a C&M, seus representantes e empregados não atuam como terceirizados da instituição ou mantêm vínculo contratual de qualquer espécie, como vem sendo noticiado pela mídia. “A empresa é uma prestadora de serviços para instituições provedoras de contas transacionais”, completou.

Mais informações em instantes.

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