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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça (18) que as investigações que levaram à prisão do banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, apontam uma suspeita de fraude de R$ 12 bilhões contra o sistema financeiro nacional.

A estimativa foi citada durante a participação dele em uma sessão da CPI do Crime Organizado no Senado. Ele afirmou que estava cordado desde a madrugada acompanhando a deflagração da Operação Compliance Zero contra Vorcaro e o Banco Regional de Brasília (BRB) que, em meados de março, fez uma oferta de compra de parte da instituição.

“Hoje, estou desde as 5 e pouco da manhã acordado, nós estamos fazendo uma operação importante, numa integração com o Banco Central e com o Coaf, e atuando em conjunto para um crime contra o sistema financeiro e que leva à monta que está sendo apurado de cerca de R$ 12 bilhões que envolvem esse crime que está em investigação com várias prisões”, afirmou.

Pouco depois, a autoridade divulgou um balanço que aponta o bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas bancárias; quatro prisões preventivas e duas temporárias; e a apreensão de diversos carros de luxo, obras de arte, relógios e R$ 1,6 milhão em espécie na “casa de um dos investigados”, completou o diretor-geral da PF.

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Daniel Vorcaro foi preso na noite desta segunda (17), no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, ao tentar sair do país em um voo particular para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ele já vinha sendo monitorado pelas autoridades até ser interceptado, alegando que viajaria a negócios para vender o banco a um consórcio de empresários árabes encabeçado pelo grupo brasileiro Fictor. O banco receberia um aporte de R$ 3 bilhões.

A prisão ocorre logo após o Banco Central decretar a liquidação do Banco Master, menos de um dia após o Fictor anunciar interesse na compra. O comunicado da autoridade monetária ainda determina a indisponibilidade dos bens dos controladores e de ex-administradores do banco. Um mês antes, o órgão vetou uma oferta de compra de parte do Banco Master pelo BRB.

Entre os delitos apurados pela PF estão os de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. A PF aponta para a fabricação de carteiras de crédito fraudulentas. Em outras palavras, o banco teria emitido e vendido papéis que não representavam valores reais.

Além dos mandados de prisão, a operação cumpre 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, na Bahia e no Distrito Federal.

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