A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira 17, uma operação para apurar supostas ameaças de violência dirigidas à comunidade acadêmica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no campus da Baixada Santista.
Segundo a corporação, a investigação iniciou-se após uma denúncia formalizada pela própria universidade. O alerta surgiu a partir da identificação de publicações em redes sociais que incitavam violência extrema — com menções à realização de um possível “massacre” — e propagavam discursos de ódio contra estudantes e servidores.
Em nota, a Unifesp confirmou que o caso foi detectado pelo monitoramento de redes sociais realizado pelo Departamento de Comunicação Institucional. Assim que as postagens ofensivas foram identificadas, a universidade informou a Direção do campus e registrou a denúncia junto à Polícia Federal.
A instituição afirmou ainda ter adotado medidas internas de segurança e prevenção, envolvendo as equipes de controle de acesso, como portaria e zeladoria. Ressaltou, contudo, que as investigações indicam tratar-se, até o momento, de manifestações restritas ao ambiente virtual — sem qualquer indício de materialização das ameaças no espaço físico da universidade.
De acordo com a PF, as diligências permitiram identificar o perfil responsável pelas postagens, vinculado a um morador da região. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão domiciliar, com o objetivo de reunir provas que possam esclarecer os fatos.
Em meio à tensão, a Unifesp divulgou um comunicado à comunidade acadêmica. “Diante deste cenário e de todos os tensionamentos recentes em torno da universidade pública, bem como dos ataques que temos sofrido, reafirmamos nosso compromisso com a democracia e com a Universidade Pública”, afirma o texto. A instituição também convidou estudantes, docentes e servidores para um ato, marcado para o dia 28 de outubro.