A Polícia Federal incluiu o pastor Silas Malafaia no inquérito que apura tentativas de obstruir o processo sobre a tentativa de golpe de Estado. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão na mira da investigação.
O caso tramita no Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
A PF investiga possíveis práticas de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e atentado à soberania.
Em 3 de agosto, Malafaia organizou o protesto no qual Bolsonaro apareceu remotamente, por chamada de vídeo. Um dia depois, Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente, por descumprir medidas cautelares fixadas em julho.
Malafaia publica diversos ataques a Moraes e ao STF nas redes sociais. Em um vídeo divulgado na manhã desta quinta-feira, por exemplo, alegou que o ministro cometeu “um verdadeiro atentado contra o Estado Democrático de Direito” e “tem que tomar um impeachment, ser julgado e preso”.
Após a informação de que entrou no radar da PF, o pastor bolsonarista publicou uma nova gravação. “Escolheram o cara errado. Eu não tenho medo”, afirmou. Ele voltou a chamar Moraes de “ditador da toga” e negou ter cometido qualquer crime.
Malafaia agora é alvo de um inquérito aberto em maio por Moraes para apurar principalmente a trama de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras — com o financiamento de Jair.