Os metrôs que operam na linha 4-amarela da cidade de São Paulo estão com as atividades suspensas desde o início da manhã desta terça-feira 21. A causa da paralisação é uma instabilidade no sistema de sinalização, segundo informações divulgadas pela ViaQuatro, empresa privada responsável pela administração da via. Cerca de 700 mil passageiros utilizam a linha todos os dias, conforme os dados disponíveis no site do Metrô.
Por conta da falha, as transferências possíveis de serem feitas estão todas fechadas. São elas: Linha 1-Azul, Linha 7-Rubi e Linha 11-Coral (estação Luz); Linha 3-Vermelha (estação República); Linha 2-Verde (estação Paulista-Pernambucanas); e Linha 9-Esmeralda (estação Pinheiros).
A informação inicial, divulgada nas redes sociais da empresa que opera o sistema, era de que as operações teriam sido apenas reduzidas, contando com maior tempo de parada entre as estações.
Devido à superlotação e ao horário de pico, porém, o sistema emergencial PAESE da SPTrans precisou ser acionado. O mecanismo serve para contornar eventuais falhas no transporte da cidade. Com isso, cerca de 34 ônibus de apoio têm operado cobrindo o trajeto de quase 13 km entre a Luz e Vila Sônia – Profeª Elisabeth Tenreiro, que liga o Centro à Zona Oeste.
Apesar do acionamento do plano emergencial, passageiros reclamam das longas filas e aglomerações, além da lentidão entre os intervalos e do trajeto do ônibus. A repetição da caótica situação também é mencionada pelos usuários do metrô. Nas redes, diferentes perfis também citam um volume maior de problemas na linha privatizada do metrô, em comparação com aquelas operadas pelo poder público.
“Vai lá otário, defende a privatização, comemora a falta de funcionário público, o lucro para os acionistas”, diz um dos posts sobre a suspensão das operações na linha-4 nesta terça. “Falha na queridinha da privatização”, ironizou o perfil Des(Mobilidade), criado por usuários para denunciar os problemas de infraestrutura e falhas no metrô de SP.
Sem prazo
A ViaQuatro informou que mais de 100 profissionais das áreas de controle, manutenção e operação foram empenhados para resolver o problema. A empresa, porém, não divulgou um prazo para solucionar a falha na sinalização. Até 2031, a empresa privada tem a concessão da via.