Definir o feminismo apenas como a luta pelos direitos das mulheres já não é suficiente. A intersecionalidade ocupa um papel central, pois os marcadores sociais da diferença – como gênero, sexualidade, raça e classe – não são variáveis isoladas. Eles se entrelaçam, intensificando as situações de exclusão. Ser mulher, no Brasil e no mundo, é desafiador para todas, devido aos privilégios sustentados por um patriarcado secular e opressor. Contudo, para mulheres pobres, negras e/ou LGBT, as barreiras são ainda mais impenetráveis. Nesta edição especial, CartaCapital ouviu quatro feministas brasileiras de grande destaque nesse debate: Djamila Ribeiro, Débora Diniz, Maíra Liguori e Marcia Tiburi. Além de discutirem a intersecionalidade, as pesquisadoras denunciam a violência de gênero, defendem a ampliação dos direitos reprodutivos, exigem maior representatividade feminina nos espaços de poder e alertam para a necessidade de abordar a economia do cuidado.
RAÇA, CLASSE, SEXUALIDADE E GÊNERO SE ENTRELAÇAM
Imagem: Flávio Teperman