Inflação dos EUA acelera em agosto – CartaCapital

Os Estados Unidos vetaram novamente, nesta quinta-feira 18, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução de cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que gerou indignação entre os Estados-membros que não querem abrir mão de tentar influir na guerra entre Israel e Hamas.

Os outros 14 membros do Conselho de Segurança apoiaram a resolução, iniciada em agosto, em resposta à declaração oficial de fome extrema em Gaza pela ONU, após quase dois anos de guerra no território palestino.

“Os Estados Unidos rejeitam esta resolução inaceitável. Já passou da hora de o Hamas libertar cada um dos reféns e se render imediatamente. Os Estados Unidos continuarão trabalhando com seus parceiros para pôr fim a este conflito horrível”, disse Morgan Ortagus, enviada de Washington às Nações Unidas, antes do veto americano.

“Esta resolução não reconhece a realidade sobre o terreno, o fato de que houve um aumento significativo do fluxo de ajuda humanitária”, justificou ela.

Por sua vez, o embaixador israelense Danny Danon denunciou que o projeto “não condenava o Hamas”, e acrescentou: “Isto não é diplomacia, é capitulação.”

A votação ocorreu enquanto tanques e aviões israelenses bombardeavam a Cidade de Gaza, alvo de uma nova e importante ofensiva israelense, forçando os palestinos a fugirem para o sul.

O texto da resolução exigia “um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, respeitado por todas as partes”, assim como a libertação imediata e incondicional dos reféns.

Os Estados Unidos rejeitaram esta proposta em várias ocasiões, sendo a mais recente em junho passado, quando exerceu seu veto para apoiar Israel.

O veto desta quinta provocou a ira dos Estados-membros que não querem desistir de exercer sua influência neste assunto, apesar dos repetidos vetos americanos.

É um “momento sombrio” para este Conselho, lamentou o embaixador paquistanês Asim Iftikhar Ahmad. “O mundo está olhando. O choro das crianças deveria partir nossos corações, a angústia das mães deveria abalar nossa consciência”, acrescentou.

“Perdoem-nos porque este Conselho não pôde salvar seus filhos”, disse, por sua vez, o embaixador da Argélia, Amar Bendjama, ao se dirigir à população de Gaza. “Perdoem-nos porque o mundo fala de direitos, mas nega os seus, os de vocês, palestinos”.

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