
A paulistana Nô Stopa é conhecida por transitar pelo folk e pelo rock pop, muito influenciada pelo trabalho do pai, o também cantor e compositor Zé Geraldo.
Em seu sexto disco, recém-lançado nas plataformas de música, porém, ela resolveu mergulhar no Brasil profundo e gravar ritmos nacionais. Assim saiu Brasa, um álbum com forró, choro, samba-reggae, xote, arrasta-pé e bolero.
A primeira imersão rumo a essa mudança, diz ela, foi nos bailes de forró de São Paulo, uma paixão antiga. Também se matriculou no Instituto Brincante de Antonio Nóbrega — referência em cultura popular —, onde fez um curso para desenvolver percepção musical na música popular com Danilo Moraes, produtor, compositor e instrumentista do novo disco.
Com o multiartista Antonio Nobrega ela estudou rima popular e até compôs para seu novo trabalho. “Foi uma forma que encontrei para conviver com a cultura popular”, afirmou, em entrevista a CartaCapital.
Brasa, de 11 faixas, tem parcerias com Zeca Baleiro, Vicente Barreto, Tata Fernandes, Kleber Albuquerque e a irmã Anie Stopa, entre outros.
Nô Stopa diz que o álbum apresenta músicas alegres, uma vez que ela percebeu que os ritmos escolhidos proporcionam composições divertidas. “Todos os álbuns são um retrato do momento que vivi na minha trajetória. Brasa vem da celebração dos 25 anos de carreira, e me reencontrei no forró. É um espaço festivo.”
Ela realizará 12 shows gratuitos de lançamento do álbum em quatro regiões periféricas e terá uma apresentação no centro da capital paulista, além de cidades do interior. Também haverá oficinas com aulas de forró e bate-papo pós-show.
Os próximos espetáculos de lançamento de Brasa acontecem no CEU Inácio Monteiro (São Paulo), em 19 de novembro, no CEU Jaguaré (São Paulo), em 29 de novembro, e no Aquário Municipal de Santos, em 13 de dezembro.
“Penso no show como dramaturgia. Trago isso do circo”, declarou. No show, a propósito, ela faz até mágica.
Nô Stopa começou nas artes aos 13 anos, como bailarina e artista circense. Depois, passou a se dedicar à carreira de cantora e compositora. Ela participa de coletivos que misturam múltiplas linguagens, como Banda Mirim e O Teatro Mágico.
Assista à entrevista:
