
O presidente do PT, Edinho Silva minimizou a relevância da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência. Para ele, trata-se de um movimento incapaz de ser levado a sério — e o próprio senador seria o responsável por esvaziar sua credibilidade.
“Nunca vi na vida lançar uma candidatura num dia e botar preço nela no outro”, disse Edinho nesta terça-feira 9, durante um café com jornalista sem Brasília. A menção ao ‘preço’ é referência à declaração de Flávio de que poderia retirar seu nome da disputa mediante “condições”, dois dias depois de ter anunciado que sua candidatura seria “irreversível”.
O gesto errático, completou, explica por que a resolução divulgada ontem pelo Diretório Nacional do PT, produto de reuniões realizadas no fim de semana, sequer menciona o nome do senador.
Para Edinho, a depender de como (e se( a candidatura se firmar, o impacto tende a ser mais interno ao campo conservador do que para o governo. Ele prevê risco de fragmentação na direita: “A ultradireita raivosa tem dificuldade de se coesionar”.
O ministro também comentou a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar para hoje a votação da dosimetria aplicada a réus dos atos golpistas. Edinho disse não ter tratado do tema com a bancada do PT, mas lembrou que a posição anterior do partido era contrária a qualquer redução de penas. Para ele, a iniciativa de Motta deve acalorar o debate público e funciona como um aceno à direita.
