Networking feminino fortalece o crescimento de mulheres empreendedoras – CartaCapital

Empreender é um desafio constante. Segundo o Sebrae, metade das empresas brasileiras encerra as atividades nos primeiros cinco anos. Para as mulheres, essa jornada costuma exigir ainda mais resiliência e apoio. As conexões entre empreendedoras que enfrentam desafios semelhantes tornam-se, assim, uma ferramenta decisiva para manter o negócio ativo e em evolução.

O networking, muitas vezes visto de forma equivocada como algo puramente interesseiro, ganha outro significado quando é pautado na troca genuína. A prática passa a ser um exercício de escuta e generosidade. Compartilhar conhecimento, oferecer ajuda e criar oportunidades antes de pedir algo são gestos que fortalecem vínculos e ampliam possibilidades.

Com o avanço das redes de apoio, surgem também espaços de conexão estruturados, como confrarias voltadas ao empreendedorismo feminino. Esses grupos, presenciais ou virtuais, reúnem mulheres que buscam trocar experiências, compartilhar aprendizados, receber conselhos e estabelecer parcerias estratégicas. Dessa troca, nascem colaborações que impulsionam negócios, geram indicações e fortalecem comunidades.

A mentora de carreiras Thaís Roque acredita que o networking verdadeiro começa quando há disposição para ouvir e contribuir. Ela criou duas iniciativas que se tornaram referência nessa área: a Founders Confraria e o TR Circle, ambas voltadas ao fortalecimento do empreendedorismo feminino.

Com o aumento da procura por seus projetos, Roque estruturou o TR Circle, uma aceleradora voltada a mulheres que desejam impulsionar suas empresas. O programa, realizado anualmente, oferece mentoria contínua e promove conexões entre empreendedoras de diferentes regiões e setores. As integrantes participam de encontros e atividades que estimulam aprendizado coletivo e cooperação entre pares.

A Founders Confraria reúne 35 empresárias de diversos segmentos, com trajetórias consolidadas e resultados expressivos. Entre as participantes estão nomes como Bruna Tavares, Lela Brandão, Marcela Ceribelli e Patricia Bonaldi.

Durante os encontros, a sinceridade é regra. As integrantes apresentam seus negócios e abrem espaço para ouvir conselhos e experiências das demais. Por se tratar de um ambiente de confiança e troca real, a participação é restrita. O ingresso ocorre apenas por convite ou indicação, e todas as integrantes assinam um termo de confidencialidade para proteger as informações compartilhadas.

Roque resume o propósito das comunidades que criou: é preciso que alguém apoie sua caminhada e defenda sua presença. Essa é a base sobre a qual se constroem redes de mulheres que crescem juntas, aprendem e fortalecem umas às outras.

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