O ministro da Casa Civil, Rui Costa, descartou nesta quarta-feira 22 a possibilidade de uma alteração na regra de validade dos alimentos para baratear os preços. Segundo o ministro, o governo não pretende fazer nenhum tipo de intervenção e um ‘amplo conjunto de propostas’ está em análise, mas uma mudança na validade não está em vista.
“Existem sugestões que não fazem parte da cultura do Brasil e não vejo possibilidade de serem adotadas, incluindo a venda de alimentos não perecíveis com data de validade ultrapassada a preços menores”, disse em entrevista à CNN.
Rui prometeu ainda que nos próximos dias devem ser feias reuniões para definir as medidas. “Teremos reuniões para afunilar propostas e proceder para a adoção das primeiras medidas, sempre no sentido de baratear custos que envolvam a produção de alimentos”, disse Rui.
O preço dos alimentos entrou na mira do presidente Lula (PT) no começo deste ano, já que o aumento da inflação tem prejudicado a popularidade do governo, especialmente no caso dos alimentos. Segundo o presidente, a prioridade para 2025 será baratear o preço dos alimentos que chegam à mesa do trabalhador.
“Temos agora um tema muito importante, que é a reconstrução, a união e comida barata na mesa do trabalhador, porque os alimentos estão caros na mesa do trabalhador. Todos ministros sabem que o alimento está caro”, disse durante a primeira reunião do ano com seus ministros.
No ano passado, esse setor puxou a inflação, que estourou teto da meta – fechando a 4,83%, quando o limite era 4,5%. Os dados são referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).