Morreu na madrugada desta quarta-feira 19, aos 90 anos, o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo (PSD). Ele era vice-governador e ocupou o Palácio dos Bandeirantes entre março de 2006 e janeiro de 2007, quando o então titular, Geraldo Alckmin (atualmente vice-presidente pelo PSB), renunciou ao cargo para concorrer à presidência da República.
A causa da morte de Lembo não foi confirmada. O corpo será velado na sede da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a partir das 10h30 desta quarta. O sepultamento acontece às 16h, no Cemitério do Araçá, na região central da capital paulista. O atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decretou luto oficial de três dias.
Um dos fundadores do antigo PFL (partido ao qual era filiado quando foi governador), Lembo era formado em ciências jurídicas e sociais e doutor em Direito. Teve carreira acadêmica consistente, tendo, inclusive, ocupado o cargo de reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, lamentou a morte. “Se tem alguém que cumpriu sua missão, esse alguém foi Cláudio Lembo. Cidadão exemplar, com excelente formação e um homem público que não deixa uma única observação negativa”, escreveu nas redes sociais.
Sempre filiado a partidos de direita ou de centro-direita, Lembo era respeitado e tinha bom trânsito na esquerda. Em 2018, enquanto Lula estava preso em Curitiba, afirmou que o país vivia “uma democracia frágil, de fachada”.
“Fraudar, impedir, dificultar a candidatura de Lula seria uma aberração. O povo quer Lula. Não é nenhum outro. Alguém tem dúvida em relação a isso, em face às pesquisas, que são pesquisas absolutamente insuspeitas?”, ponderou na ocasião.
“Não vejo como, nesse momento, se possa conseguir no Judiciário que Lula seja candidato. A inveja da minoria branca é imensa. Não há como tirá-lo de Curitiba. Confesso a minha profunda angústia”, prosseguiu, durante evento promovido pelo Sindicato dos Advogados de São Paulo.