
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, aceitou a justificativa de Débora Rodrigues, a “Débora do Batom”, sobre o motivo de ter deixado a prisão domiciliar na última segunda-feira 7. A cabelereira, condenada pelo STF a 14 anos por participação nos atos do 8 de Janeiro, passou mal e foi levada ao hospital.
No despacho, Moraes entendeu que o descumprimento da prisão domiciliar aconteceu em “decorrência de fato superveniente, em circunstâncias que visam à proteção da integridade física e da saúde da apenada”. Por isso, o ministro decidiu nesta quarta-feira 5 manter a prisão domiciliar para Débora.
A cabeleireira se tornou um dos símbolos da obsessão bolsonarista pela anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. Eles alegam que ela pode ficar vários anos presa “apenas” por pela pichação.
A denúncia, contudo, apontou que Débora, de maneira livre, consciente e voluntária, associou-se a centenas de outras pessoas — algumas delas armadas — para praticar atos contra o processo eleitoral. Isso teria ocorrido entre o início da eleição de 2022 e o 8 de Janeiro.
No dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, Débora tentou, com “outras milhares de pessoas”, abolir o Estado Democrático de Direito e depor o governo legitimamente constituído, segundo a acusação. Também empregou substância inflamável ao avançar contra os prédios públicos, “gerando prejuízo considerável para a União”.
