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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, se reuniu nesta quinta-feira (28) com uma comitiva brasileira liderada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, na capital mexicana.

Antes do encontro, a mandatária descartou que fosse acordado um tratado de livre comércio com o Brasil, semelhante ao que o país tem com seu vizinho, os Estados Unidos.

“Não estamos pensando em um acordo de livre comércio, mas sim em colaboração e cooperação em certa medida”, disse a presidente mexicana Claudia Sheinbaum em entrevista coletiva.

Após o encontro, ambos os países celebraram um acordos comerciais, mas sem destaque para um de livres negociações.

“Não queremos briga com ninguém. Queremos fortalecer os laços com o México e trabalharmos juntos”, declarou Alckmin, que apontou que o comércio é uma via de “mão dupla”, um “ganha-ganha”, com empresas brasileiras comprando e vendendo em condições de competitividade.

O secretário de Economia mexicano, Marcelo Ebrard, já havia adiantado ontem que ambos os países assinaram memorandos de entendimento para iniciar tarefas de cooperação.

“Primeiramente, o que interessa é atualizar, por parte do México, as disposições que limitam a exportação mexicana, particularmente na indústria automotiva, regras de origem, aplicação de regras de origem”, afirmou.

Ebrard destacou que, no diálogo bilateral, foi proposto, entre outras coisas, que haja um acordo entre agências reguladoras em matéria sanitária, como a homologação em sistemas regulatórios.

Da mesma forma, no caso da cooperação, foi proposta a exploração em águas profundas, em que o Brasil “tem uma experiência muito grande”.

O secretário da Economia mexicano reiterou, no entanto, que “não seria o objetivo” assinar um acordo comercial com o Brasil como o que o México tem com EUA e Canadá, mas que se buscará atualizar um acordo de complementaridade que data de algumas décadas.

“O que faremos é tentar atualizá-lo, porque foi assinado há mais de 20 anos, mas não estamos considerando um acordo de livre comércio neste momento”, concluiu Ebrard.

O comércio entre Brasil e México, as maiores economias da América Latina, atingiu no ano passado US$ 13,6 bilhões, com a balança favorável ao Brasil, cujas exportações para o mercado mexicano somaram US$ 7,8 bilhões.

A delegação brasileira que está em visita ao México é composta por Alckmin, pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Planejamento, Simone Tebet, assim como pela vice-ministra das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, além de diretores de várias empresas e agências estatais. 

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