CNJ vai apurar possível omissão do Judiciário em megaoperação no Rio – CartaCapital

Um relatório da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira 17 apontou que metade das câmeras corporais utilizadas por policias durante a operação Contenção, realizada no último dia 28 de outubro, apresentaram falhas.

Segundo o documento, das 62 câmeras, 32 estavam fora de uso por uma falha na estação de carregamento e armazenamento. O relatório foi enviado no processo do STF conhecido como ADPF das Favelas, ação que discute a atuação das forças de segurança em áreas de vulnerabilidade.

“Ressalta-se que diversos servidores reportaram dificuldades na retirada das câmeras no início da operação, em razão de instabilidade do sistema, o que impossibilitou a utilização dos equipamentos por parte de alguns agentes”, diz o texto. Segundo o documento, a empresa responsável pela manutenção chegou a ser chamada e constatou a falha.

As imagens das câmeras que estavam funcionando foram devidamente preservadas, segundo a gestão Cláudio Castro (PL). “No âmbito da Polícia Civil, todas as gravações realizadas durante a operação classificadas no modo Evidência, assegurando sua preservação integral pelo prazo contratual. Já a Polícia Militar, por intermédio de sua corregedoria, requisitou à Diretoria de Infraestrutura e Tecnologia a adoção das medidas técnicas necessárias para a preservação de todas as imagens captadas”.

O governador também informou que vai enviar à Corte as cópias dos laudos necroscópicos dos mortos na operação. A transmissão dos dados será feita por meio de uma VPN (rede privada) devido ao “conteúdo sensível” dos documentos.

Repost

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *