
O indicado por Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal, Jorge Messias, contratou a mesma equipe de relações públicas que o agora ministro Cristiano Zanin empregou em 2023, quando também tentava vencer a resistência dos senadores.
A equipe é representada pelo comunicador Roberto Machado, que fez a interlocução de Zanin com a imprensa e conseguiu que o então advogado de Lula contatasse 70 dos 81 senadores. À época, os únicos não procurados foram aqueles que manifestaram publicamente rejeição ao nome de Zanin, como o senador Sergio Moro (União-PR).
Zanin foi exitoso no seu processo de convencimento dos senadores. Apesar de ter a pecha de ser o advogado de Lula, o agora ministro do STF conseguiu 21 votos na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e 58 votos favoráveis em plenário.
A missão é considerada um pouco mais complicada para Messias. Senadores da base admitem que o advogado-geral terá dificuldades em conseguir os 41 votos favoráveis para assumir a cadeira deixada por Luís Roberto Barroso.
Não só por isso, o governo tenta adiar a sabatina de Messias na CCJ, marcada inicialmente para 10 de dezembro.
