O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça retirou da gaveta uma investigação contra o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) que estava parada há mais de dois anos.
O inquérito mira o suposto envolvimento de Paulinho em um possível esquema de captação ilícita de clientes para o ajuizamento de ações trabalhistas, a partir de listas com dados de trabalhadores obtidas com sindicatos sobre os quais o deputado exerceria influência.
Com um despacho publicado nesta terça-feira 9, Mendonça solicitou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República, quase um mês depois de a Polícia Federal questionar a Corte sobre os próximos passos da apuração.
Em 12 de novembro, a PF protocolou um ofício no qual pediu ao ministro informações “acerca de eventual arquivamento do referido feito ou sobre a situação processual atual do inquérito”.
Os autos do inquérito, acrescenta o documento, não retornaram à PF desde o último encaminhamento ao STF.
A Polícia Federal já havia questionado ao STF em 2023 qual seria a instância competente para conduzir o processo — na ocasião, Paulinho não exercia o mandato de deputado. Pouco depois, ainda no fim de 2023, ele assumiu novamente uma cadeira na Câmara, após a cassação de Marcelo Lima (Solidariedade-SP).
Agora, Mendonça aguarda o parecer da PGR para, provavelmente, decidir sobre o futuro do caso. CartaCapital pediu um comentário a Paulinho da Força, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.