O ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira conversou, nesta quarta-feira 26, com seu homólogo venezuelano Yván Gil Pinto sobre o deslocamento de navios de guerra dos Estados Unidos para a região do Caribe, próximo à Venezuela.
Em um comunicado, Yván afirmou que detalhou ao brasileiro os “planos de agressão enfrentados pela Venezuela”. Os dois líderes concordaram que as agressões devem ser interrompidas imediatamente.
“Além disso, o chanceler Vieira partilhou comigo a situação que o Brasil enfrenta perante medidas e guerras pautais aplicadas para fins políticos, uma forma de agressão injustificada que também não contribui para o espírito de paz e cooperação que defendemos na América Latina”, completa a nota.
Na semana passada, o diplomata Celso Amorim, Assessor Especial da Presidência para Assuntos Internacionais, disse que o Itamaraty acompanha com “preocupação” a movimentação dos EUA. Amorim ainda reforçou a importância da “não intervenção”.
“Até durante o período de governo militar, o Brasil agiu sempre sem nunca aceitar a ideia da intervenção externa e nos preocupa a presença de barcos de guerra muito próximos da costa da Venezuela e o risco sobretudo com as declarações de que ele pode ser a força total dentro dessa digamos misturas da questão do combate ao crime organizado que deve ser combatido, mas com a cooperação dos países e não com intervenções unilaterais”, concluiu..
Washington não reconhece as duas últimas reeleições presidenciais de Nicolás Maduro e o acusa de liderar o chamado Cartel de los Soles, considerado uma organização criminosa.