Em homenagem ao nascimento do mestre Luiz de França, que comandou por quase 40 anos o centenário Maracatu Leão Coroado, de Pernambuco, 1º de agosto entra para o calendário como o Dia Nacional do Maracatu.
O presidente Lula sancionou, nesta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, o projeto de lei que instituiu a data, aprovado em 2019, de autoria da então deputada Luciana Santos, hoje ministra da Ciência Tecnologia e Inovação.
A manifestação cultural de origem afro-brasileira, surgida em meados do século 18, em Pernambuco, foi apresentada pela ministra Luciana Santos durante a cerimônia.
“Então a gente quando fala do Maracatu fala de ritmo, fala de percussão, fala de dança fala de vestimenta, das vestimentas belíssimas, que colorem o carnaval pernambucano, do sincretismo religioso, de expressão popular, ou seja, falamos da nossa história.”
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que o maracatu é um patrimônio imaterial brasileiro e que precisa ser levado às futuras gerações.
“Ao declará-lo como símbolo de nossa identidade nacional, garantimos não apenas sua preservação, mas também a valorização, a diversidade cultural que enriquece o nosso país. Que possamos dançar, tocar, vibrar, celebrar todos os dias os nossos festejos, levando essa rica herança do maracatu para as outras e futuras gerações”.
Já o presidente Lula falou da necessidade de investimentos para expandir a manifestação popular.
“É importante que a gente tenha a clareza que o dia de hoje muda definitivamente a compreensão e a visão que a gente tem dessa arte cultural do nosso povo brasileiro que é o maracatu. Significa que o Estado tem que assumir a responsabilidade de fazer com que isso chegue onde nunca chegou.”
O maracatu nação ou do baque-virado é considerado o mais antigo ritmo afro-brasileiro, e está presente principalmente na Região Metropolitana do Recife. Há também o maracatu rural ou do baque-solto, associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata Norte de Pernambuco.