Maduro vence González por 51% a 44%, diz o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela – Mundo – CartaCapital

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para seu terceiro mandato, segundo o Conselho Nacional Eleitoral. O anúncio ocorreu por volta de 1h10 (de Brasília) nesta segunda-feira 29, mais de seis horas após o encerramento da votação.

Ainda na noite de domingo, o chefe da campanha de Maduro, Jorge Rodríguez, sugeriu que o presidente havia vencido a eleição contra Edmundo González.

Com 80% dos votos computados, Maduro tem 51,20% dos votos, contra 44,2% de González, de acordo com o Conselho. “O boletim marca uma tendência contundente e irreversível”, afirmou Elvis Amoroso, presidente do CNE.

Segundo Amoroso, um problema na transmissão dos dados atrasou a divulgação do resultado. Até agora, os líderes oposicionistas não reconheceram a derrota.

Depois de um processo eleitoral marcado por disputas acirradas com as forças de oposição, especialmente Corina e González, Maduro terá o desafio de conduzir a Venezuela rumo à estabilidade política.

No poder desde 2013, ele deverá dar continuidade até 2030 ao sistema implementado por seu antecessor, Hugo Chávez.

Nascido em Caracas, Nicolás Maduro exerceu o cargo de ministro das Relações Exteriores entre 2006 e 2012, quando foi alçado à vice-Presidência. Chegou ao poder após a morte de Chávez.

Foi o próprio Chávez quem, já doente, determinou o futuro político do aliado. Em seu último pronunciamento em rede nacional, no fim de 2012, o “comandante” disse que tinha uma opinião “firme, absoluta e total” de que a Venezuela deveria eleger Maduro no pleito marcado para o ano seguinte.

Durante seus mais de dez anos de governo, o país atravessou severos problemas econômicos. O argumento principal do governo Maduro é que a crise resulta das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, o que a oposição contesta.

Principal fonte de recursos da Venezuela, o petróleo ilustra as idas e vindas da economia sob Maduro. Em 2013, segundo a Opep, o país produziu cerca de 2,4 milhões de barris diariamente. Quase dez anos depois, em 2022, a produção não passava dos 720 mil barris diários.

Por outro lado, o passado recente mostra certa recuperação econômica. A produção industrial avançou 16,9% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com a Confederação Venezuelana de Industriais.

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