O presidente Lula (PT) afirmou estar otimista com a possibilidade de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com o “mal-estar” na relação entre os dois países. O petista não descartou a chance de um encontro presencial.
Em seu pronunciamento na Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira 23, Trump disse que conversará na semana que vem com Lula. O principal item do possível encontro é a sequência de retaliações norte-americanas ao Brasil pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Antes do discurso do republicano, eles interagiram por cerca de 40 segundos. “Ele pareceu ser um homem muito legal. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele. Eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto. Quando não gosto, não gosto”, afirmou Trump.
“Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós. Como eu acho que a relação humana é 80% química e 20% emoção, é muito importante essa relação”, disse Lula nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa. “Torço para que dê certo, porque Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente.”
O petista não descartou um encontro presencial e disse que Trump age estimulado por informações incorretas sobre a relação entre os países. Lula também voltou a frisar que a soberania nacional é inegociável.
“Na hora em que ele tiver as informações corretas, acho que ele pode mudar de posição tranquilamente, da mesma forma que o Brasil pode mudar de posição”, ressaltou. “Eu disse para ele que Brasil e EUA têm muita coisa para conversar. Acho que ele está mal informado com relação ao Brasil, e possivelmente isso o tenha levado a tomar algumas decisões que não são aceitáveis.”