O presidente Lula (PT) relatou nesta sexta-feira 3 ter enfrentado um problema técnico em uma aeronave da Força Aérea Brasileira que o levaria de Belém até a Ilha do Marajó, no Pará.
Segundo ele, a falha ocorreu no motor do avião antes da decolagem, obrigando a comitiva a desembarcar ainda em solo. “Tivemos que descer do avião com medo que pegasse fogo”, disse Lula, em entrevista à TV Liberal. Após o incidente, o grupo seguiu a viagem em um avião modelo C-97 Brasília.
Esse é o segundo problema técnico recente registrado em uma das aeronaves usadas pelo presidente. Em outubro de 2024, quando voltava do México, o avião usado por Lula e sua comitiva teve uma falha e precisou dar dezenas de voltas no ar antes de retornar ao aeroporto internacional de Felipe Ángeles. Foram quase 5 horas no ar para eliminar combustível e pousar em segurança.
Após o episódio, Lula chegou a prometer que compraria um novo avião, mais moderno e com maior autonomia de voo, para ser usado pela Presidência do País. A compra, no entanto, não saiu do papel.
‘COP de verdade’
Na mesma agenda, voltada à entrega de obras no estado em preparação para a Conferência do Clima da ONU, a COP30, Lula defendeu a escolha de Belém como sede do encontro e garantiu que o evento será um marco para a Amazônia. “Não vai ser a COP do luxo, vai ser a COP da verdade”, declarou, acrescentando que pretende se hospedar em um barco durante o período da conferência, prevista para 10 de novembro.
O presidente ressaltou que os investimentos em infraestrutura da capital paraense, estimados em 6 bilhões de reais, não são apenas para o evento internacional. Entre as obras, estão a drenagem de 14 canais e a conclusão da maior estação de tratamento de esgoto do estado. “As obras não são para a COP, são para o povo de Belém”, afirmou.
Lula também aproveitou o compromisso no Pará para reforçar críticas aos países ricos, cobrando maior responsabilidade financeira no combate ao desmatamento.