A declaração foi dada em última agenda do presidente na Ásia, neste sábado (29). Trump e Lula
Reuters
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Donald Trump está ‘no caminho certo’ nas negociações sobre a guerra na Ucrânia. Declaração foi dada em última agenda do presidente na Ásia, neste sábado (29).
“Eu poderia ser radical contra Trump, mas na medida que o Trump toma a decisão de discutir a paz entre Rússia e Ucrânia, que o Biden deveria ter tomado, eu sou obrigado a dizer que o Trump está no caminho certo”, disse Lula.
O presidente americano Donald Trump tem pressionado para que a Rússia aceite a proposta de cessar-fogo aprovada pela Ucrânia em parceria com o governo americano. Ao todo, já são três anos de conflito entre os países.
Durante a coletiva, Lula defendeu ainda uma mesa de conversa entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e disse que conversará com ambos.
Ele deve ter uma conversa telefônica com Zelensky na semana que vem e deve ir à Rússia no dia 9 de Maio para a comemoração dos 80 anos da vitória da Segunda Guerra Mundial.
Negociações sobre o ‘tarifaço’
Outra negociação discutida na coletiva de Lula na Ásia foi a respeito do ‘tarifaço’ do presidente, Donald Trump. O presidente brasileiro afirmou que tenta negociar as tarifas com Trump antes de tomar outras medidas.
“Antes de fazer a briga da reciprocidade e de fazer a briga na Organização Mundial do Comércio (OMC), a gente quer gastar todas as palavras que estão no nosso dicionário para fazer o livre comércio com os EUA”, afirmou.
Segundo Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro de Relações Internacionais, Mauro Vieira, já fizeram duas reuniões com representantes do país para discutir as novas taxas impostas sobre importações brasileiras.
Lula também fez afirmações sobre a postura econômica de Trump.
“Eu sinceramente não sei o que pode acontecer na economia americana”, disse. “O discurso que eles tão fazendo nos Estados Unidos é totalmente antagônico do que eles fizeram dos anos 80 a 2022.
Na quinta-feira (27), em entrevista no Japão, Lula havia dito que taxaria produtos americanos se o recurso do Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC) não resolver a situação. O presidente, no entanto, não informou quando o Brasil formalizaria a medida.
“No caso do Brasil, nós vamos recorrer à OMC [Organização Mundial do Comércio] e, se não tiver resultado, a gente vai utilizar os instrumentos que nós temos que é a reciprocidade e taxar os produtos americanos. É isso que nós vamos fazer. Espero que o Japão faça o mesmo. Espero que o Japão possa recorrer à OMC, mas é uma decisão soberana do governo japonês em que eu não posso dar palpite”, disse Lula.
No Vietnã, Lula terminou, na manhã deste sábado, uma viagem oficial à Ásia em busca de ampliar a presença de produtos brasileiros no continente.
Lula afirma que Brasil tenta negociar com os EUA a respeito do tarifaço de Trump

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