O presidente Lula (PT) recebeu um grupo de sindicalistas e representantes de movimentos sociais no Palácio do Planalto, nesta terça-feira 1º e disse estar “convencido” de que Câmara e Senado aprovarão o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até 5 mil reais. O texto deve ser apreciado pelos deputados ainda nesta noite.
“Acho que é um primeiro passo extraordinário, é uma conquista. É o primeiro sinal de justiça tributária que se faz nesse País“, discursou o petista durante o encontro, que também contou com presença de Edinho Silva, atual comandante do PT. Na agenda, Lula ouviu o pedido para que a participação dos lucros e resultados não seja tributada, mas disse que a medida precisaria de compensação financeira.
O texto a ser analisado pela Câmara deve beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros a partir de 2026. Pela proposta enviada pela gestão petista, quem recebe até 7.350 reais ficará com as alíquotas progressivas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5% — as mesmas atuais.
Hoje, valores de PLR até 8,2 mil reais por ano não são tributados. O presidente afirmou que “quem acompanha sabe que nem reajuste da tabela do imposto de renda” havia em gestões anteriores.
“Não tem nenhum problema reivindicar. Acontece que nós temos a decisão da Suprema Corte que qualquer política de isenção, de imposto, tem que ter a compensação. Para que aprove alguma coisa mais, tem que dizer da onde vai sair a fonte”, explicou Lula. “É mais fácil aprovar (a isenção de IR de até) 5 mil do que tirar um pouco mais de quem ganha muito nesse País”.
Durante a reunião, as centrais sindicais entregaram ao mandatário o resultado parcial de um plebiscito com assinaturas favoráveis à isenção do IR. O fim da escala 6×1 também foi pauta da consulta feita com os brasileiros onde cerca de 1,5 milhão de votos foram computados.
Antes da agenda com Lula, os sindicalistas se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Em um plebiscito, a população é chamada a votar e dizer se é a favor ou contra um determinado tema