Lula critica 'vingança' de Israel em Gaza e defende diálogo com Rússia e Ucrânia pelo fim da guerra – Mundo – CartaCapital

O presidente Lula (PT) voltou a criticar nesta sexta-feira 14 os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e defendeu uma nova conferência internacional para viabilizar um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.

Ele participou de uma sessão de trabalho do G7 com outros países convidados sobre “Inteligência Artificial, Energia, África e Mediterrâneo”. O evento ocorre na Itália.

Lula também criticou o gasto global de 2,4 trilhões de dólares com armamentos em 2023.

Em Gaza, vemos o legítimo direito de defesa se transformar em direito de vingança. Estamos diante da violação cotidiana do direito humanitário, que tem vitimado milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças”, afirmou. “Isso nos levou a endossar a decisão da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça.”

Em janeiro, o Brasil anunciou apoio à iniciativa sul-africana de acionar a chamada Corte de Haia contra o Estado israelense por sua ofensiva militar em territórios palestinos. A ação busca o reconhecimento de que o país comandado por Benjamin Netanyahu infringiu obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

O presidente brasileiro também tornou a condenar “de maneira firme” a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. Segundo ele, já está claro que nenhum dos dois países atingirá todos os seus objetivos pela via militar.

Lula defendeu uma conferência internacional reconhecida pelos governos russo e ucaniano, nos moldes de uma proposta apresentada por Brasil e China. Segundo ele, este é o único caminho para construir a paz.

Na quinta-feira 13, ao se pronunciar de improviso na Suíça sobre a guerra na Ucrânia, o petista contestou os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

“Tem que ter um acordo. Agora, se o Zelensky diz que não tem conversa com o Putin e o Putin diz que não tem conversa com o Zelensky, é porque eles estão gostando da guerra”, declarou. “Senão, já tinham sentado para conversar e tentar encontra uma solução pacífica.”

Em 23 de maio, Brasil e China assinaram uma proposta conjunta para as negociações de paz. O documento foi celebrado em Pequim pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e pelo chefe da Assessoria-Especial do Presidente da República do Brasil, Celso Amorim.

As duas partes apelam pelo respeito a três princípios: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer ator.

Além disso, instam a comunidade internacional a “apoiar e endossar os entendimentos comuns” e a “desempenhar, conjuntamente, um papel construtivo em favor da desescalada da situação e da promoção de conversações de paz”.

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