O corpo de Vitória Regina de Souza, de 18 anos, foi localizado na última quarta-feira (5), em Cajamar, na Grande São Paulo, em circunstâncias brutais. A jovem estava decapitada, com o cabelo raspado e vestia apenas um sutiã.
De acordo com a perícia, a morte ocorreu cerca de cinco dias antes da descoberta, levantando suspeitas de que ela possa ter sido mantida em cativeiro antes de ser assassinada.
Nesta quinta-feira (6), a Justiça determinou a prisão do ex-namorado de Vitória, apontado como um dos três suspeitos investigados pelo crime. A informação foi confirmada pelo delegado Aldo Galiano e pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
O desaparecimento
Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, ao retornar do trabalho. Em uma mensagem enviada a uma amiga, ela demonstrou temor por estar sendo seguida por dois homens durante o trajeto para casa. Testemunhas relataram ter visto um carro estacionado próximo ao ponto de ônibus onde a jovem desceu antes de desaparecer.
A polícia analisou o veículo e utilizou o sistema Afis para identificar impressões digitais, cruzando os dados com o Sistema de Reconhecimento de Pessoas.
De acordo com o motorista do ônibus, Vitória desceu sozinha no ponto habitual, localizado em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, onde morava com a família.
Último contato
O último contato da jovem foi com um rapaz com quem mantinha um relacionamento casual. Segundo o advogado da família, Fábio Costa, Vitória pediu para que ele a buscasse no ponto de ônibus, pois estava com medo.
O jovem afirmou que estava dormindo quando recebeu a mensagem e que, ao acordar de madrugada, tentou retornar o contato, mas não obteve resposta. No entanto, a polícia investiga contradições em seu depoimento. Há indícios de que ele estava acompanhado de outra mulher no momento da mensagem. A jovem em questão foi ouvida e confirmou estar com ele.
Investigação em andamento
A polícia trabalha com a hipótese de que Vitória tenha entrado voluntariamente no carro dos suspeitos após descer do ônibus. O caso segue em investigação, enquanto familiares e a comunidade local cobram respostas e justiça para a brutalidade do crime.