
A ex-presidenta da Bolívia Jeanine Áñez foi libertada, nesta quinta-feira 6, de uma prisão em La Paz, onde estava detida há mais de quatro anos e meio por um suposto golpe de Estado, após sua sentença ter sido anulada, confirmaram jornalistas da AFP.
Áñez, uma advogada de 58 anos, foi presa em 2021 e condenada no ano seguinte a 10 anos de prisão pelo crime de “resoluções contrárias à lei”, em um caso no qual foi acusada de assumir ilegalmente a Presidência após a renúncia de Evo Morales, em 2019.
A política de direita deixou o presídio feminino de La Paz às 14h58 GMT (11h58 de Brasília), agitando uma bandeira boliviana em meio à recepção de familiares e apoiadores.
“Nunca houve um golpe de Estado (…) Nunca me arrependerei de ter servido ao meu país”, disse ela em um alto-falante nos portões do centro prisional.
Depois das eleições de 2019, nas quais Evo foi reeleito em meio a acusações de fraude da oposição, o país mergulhou em uma crise social, com protestos multitudinários. O líder cocaleiro renunciou.
Áñez, então parlamentar e segunda vice-presidente do Senado, assumiu o poder em novembro de 2019 em uma sessão da qual os governistas não participaram. Ela permaneceu no poder até 2020, quando foi substituída por Luis Arce (esquerda).
