O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou nesta sexta-feira 3 as primeiras deportações de ativistas que participavam da flotilha de ajuda para Gaza interceptada pelo exército do país.
“Quatro cidadãos italianos já foram deportados. O restante está em processo de deportação. Israel quer encerrar este procedimento o mais rápido possível”, afirmou em um comunicado no X.
Último barco interceptado
Também nesta sexta-feira, os organizadores da flotilha com ajuda humanitária para Gaza afirmaram que Israel interceptou sua última embarcação.
“Marinette, o último barco restante da flotilha Global Sumud, foi interceptado às 10h29 locais (3h29 em Brasília), a aproximadamente 42,5 milhas náuticas de Gaza”, informou a flotilha no Telegram.
Na mensagem, os ativistas acrescentaram que a Marinha israelense “interceptou ilegalmente as 42 embarcações, cada uma delas transportava ajuda humanitária, voluntários e a determinação de romper o cerco ilegal de Israel sobre Gaza”.
Brasileiros detidos
Ao menos 12 brasileiros estão entre os detidos nas embarcações que tentavam romper o cerco de Israel no enclave palestino. Entre eles, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
O governo brasileiro, na quinta-feira, subiu o tom contra Israel e pediu a libertação imediata dos detidos. O Itamaraty, em nota, chamou a ação de Israel contra a flotilha de ilegal e arbitrária.
“O Brasil exorta o governo israelense a liberar imediatamente os cidadãos brasileiros e demais defensores de direitos humanos detidos”, diz a pasta comandada por Mauro Vieira.
Além disso, segundo o Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores de Israel, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv e da Embaixada de Israel em Brasília, já foi formalmente notificado da inconformidade do Brasil com as ações do governo de Israel.
O país, por fim, pediu que Israel seja responsabilizado por qualquer abuso cometido na ação contra a flotilha.
(Com informações de AFP)