Uma mulher israelense de 73 anos, com doença terminal, foi acusada de conspirar para assassinar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usando um lançador de foguetes, informaram os promotores nesta quinta-feira 24.
Segundo a acusação, a mulher — uma ativista antigovernamental de Tel Aviv cuja identidade não foi revelada — decidiu matar Netanyahu após receber seu diagnóstico médico.
De acordo com a Promotoria, ela afirmou ter tomado a decisão de “sacrificar” sua vida para “salvar” o Estado de Israel do atual governo.
Ela teria compartilhado seu plano com outro ativista e pedido ajuda a ele para obter a arma. Também solicitou ajuda para coletar informações sobre a agenda do primeiro-ministro, seus movimentos e as medidas de segurança que o cercavam, explicou o promotor.
O homem se recusou a cooperar e tentou dissuadi-la, mas, como seus esforços foram em vão, ele a denunciou às autoridades, o que levou à sua prisão.
A Promotoria solicitou que a mulher permanecesse em prisão domiciliar até a conclusão do processo judicial, argumentando que ela ainda representa um perigo, como evidenciado por suas declarações nas quais afirmou estar disposta a morrer como uma “mártir”.
No ano passado, um cidadão israelense foi preso após ameaçar matar Netanyahu em uma publicação nas redes sociais.
Assassinatos de políticos de alto escalão não são incomuns em Israel. Em 1995, o primeiro-ministro Yitzhak Rabin foi assassinado por um militante de extrema direita por seu apoio ao processo de paz de Oslo com os palestinos.